dô notícia de nada não! – Sá Rita
Rita foi a empregada da minha avó desde que me conheço por gente. Ela teve dois filhos: Rosimeire e Luiço (Lúcio). Agora que me ocorreu falar sobre ela, me dei conta que nunca soube seu sobrenome… e quem era o pai dos filhos dela, de onde ela era… Acho que criança não presta atenção nessas coisas… não sei…
Só sei que Sá Rita, como muitos dos meus tios a chamavam, cozinhava divinamente uma autêntica comida mineira! Um arroz feito em panela de pedra sabão que só ela sabia fazer! Uma galinha ao molho pardo, um lombo com batatas, um bife a milanesa, picadinho com quiabo e angu e um feijão preto de comer ajoelhado, como dizem por aí! Pensando bem isso nem parece comida que criança gosta mas eu comia tudo e repetia.
E gostava da mesa posta, com toalha e guardanapos combinando, talheres de prata com descansos, um belo galheteiro e a baixela com a comida da Rita! Eram assim os almoços e jantares na casa da minha avó em Belo Horizonte.
E a Rita dizia coisas engraçadas, como a frase acima. E que entraram para o cotidiano da família e que quando falo “eu cá pa dentro” com meus irmãos, por exemplo, eles entendem na hora o que quero dizer! Virou uma espécie de código, de cumplicidade.
A Rita também dizia “barrer” ao invés de varrer, “trenço” ao invés de lenço e “bremeio” ao invés de vermelho. Ela acreditava que as pilhas de um rádio é que selecionavam a música que tocava na estação e quando tocava uma música que ela não gostava, ela dizia: tá precisando de trocá as pias desse rádio!
Rita era uma mulher paciente com aquela quantidade de crianças azucrinando a vida dela!
Rita, se eu nunca lhe disse um “muito obrigada”, digo agora!
Isabella,
Oops…deixei o comentário daqui no post de baixo.
Falha nossa(minha).
Sorry.
O seu blog tá otimo.
bjos,
me